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FISL 10 – Visão geral do terceiro dia – 25/06/2009 – por Antonio

junho 30, 2009

Bom o terceiro dia começou bem conturbado, pois a organização do FISL havia restringido algumas áreas do evento e cancelado algumas palestras para poder organizar a recepção do presidente Lula que confirmou a sua presença no evento, por conta destas mudanças 3 palestras (Jingle Cookbook, Empreendedor com Software Livre, e Performance Tuning the OpenJDK Garbage Collectors) que eu havia marcado para assistir foram transferidas para o dia 27/06/2009, mas espero que seja possível assistir as 3 amanhã.

Palestra Novidades do Open JDK 6 e 7: O futuro da tecnologia por Bruno Souza da Sun Microsystems

A palestra visava explicar o porque a Sun resolveu tornar o JDK Opensource, e qual o atual status do projeto OpenJDK, o Bruno Souza é um palestrante bem eloquente que fala muito bem, abaixo seguem os principais pontos da palestra:
Segundo Bruno a Sun demorou para tornar o OpenJDK um projeto Opensource com medo de perder a compatibilidade da máquina virtual em determinados S.O., o OpenJDK é licenciado sob GPL v2 mas com uma exceção chamada de “Classpath Exception” e é exatamente esta exceção que permite desenvolver aplicações proprietárias em Java e embarcar o JDK dentro da aplicação sem infringir a licença GPL, um dos principais fatores para a abertura do código fonte foi angariar mais colaboradores, pois a comunidade Open source chegou a criar 20 máquinas Virtuais Java só por que o Java não era Open Source, então a Sun queria que estas comunidades que são formadas por programadores excepcionais passassem a contribuir com o OpenJDK pois ao invés de fazer a mesma VM Open Source a idéia é canalizar os recursos para fazer a VM já existente melhor.

O processo de abertura do código fonte não foi fácil pois várias partes do fonte não eram de propriedade intelectual da Sun, então a Sun teve que comprar o fonte de muitas empresas para poder abrir o mesmo, e mesmo assim teve 4% do fonte da VM que era de uma empresa que não cedeu, e nem vendeu, então a Sun teve que reescrever 4% da VM para poder abrir a mesma.

O OpenJDK6 nasceu do Sun JDK7 b20 (como pode ser visto a figura abaixo):

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Bruno deixou muito claro que o processo de definição das futuras implementações do Java não mudou, continua sendo o JCP que determina, a única coisa que mudou é que agora não são mais só engenheiros da Sun que implementam, existem comitters da comunidade. As empresas que mais colaboram com o Java atualmente são: Sun, Red Hat, Google, e AMD, atualmente a comunidade OpenJDK conta com 165 comitters, sendo que 38 deles são da comunidade, o número pode parecer baixo mas contando que tem apenas 1 ano que o JDK foi aberto e que o mesmo conta com 6.500.000 linhas de código 23% de comitters já ser da comunidade é um número bem significativo.

As fotos de quase todos os slides da apresentação do Bruno podem ser vistas no seguinte link.

Palestra Integração continua com Hudson – Configuração, Extensão e Diversão! por Eron da própria comunidade Hudson

Esta palestra eu entrei um pouco atrasado, mas a mesma foi bem interessante pois deu uma visão geral sobre o Hudson, oque e como ele pode fazer, o Eron deu alguns números da comunidade Hudson, a mesma conta atualmente com mais de 50 plugins, e uma pesquisa feitas com desenvolvedores Java levantou-se 3 soluções de integração continua: (Atlassian Bamboo, Cruise Control, e Hudson) a pesquisa era para saber qual destes softwares os desenvolvedores estavam utilizando, e o Hudson foi avaliado com praticamente o dobro de usuários que o Cruise Control que foi o segundo colocado.
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Outro ponto que foi bem abordado na palestra foi sobre Build Distribuído, o Hudson é capaz de trabalhar em um modelo de um Master e vários Slaves, neste modelo o Master é responsável por delegar as tarefas para os múltiplos slaves, eles acreditam que o Hudson Master seja capaz de gerenciar até 100 slaves, eles já tem cases com 45 slaves, para a instalação de slaves em massa o Hudson conta com o plugin PXE que permite você instalar os slaves através de boot remoto, sendo que o Hudson master com o PXE Plugin que provem esta facilidade na rede.
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Bruno Souza que estava fazendo tradução simultânea desta palestra fez questão de ressaltar a importância da integração continua, apresentando um case onde uma amiga dele utiliza um plugin do Hudson para criar uma competição saudável dentro da equipe de desenvolvimento, a idéia é que a cada comit feito que não quebrou nada o programador ganha 1 ponto, e a cada commit feito que quebrou algo o programador perde 1 ponto, ao final do mês é computado os pontos, e quem tiver menos ponto paga um almoço para quem tem mais pontos, e o interessante desta míni competição é que é um plugin do Hudson que faz todas esta contabilização de pontos.

Palestra Criando e sustentando uma empresa livre por Paulino Michelazzo proprietário da Fabricalivre

Esta palestra com certeza foi uma das melhores que já ví até então, pois o Paulino é um palestrante muito didático, brincalhão, e tem uma experiencia muito grande neste mundo de software livre.

Ele começou apresentando as diferenças entre uma empresa tradicional e uma empresa livre, onde fez questão de mostrar que uma empresa livre também tem organograma, paga impostos, tem departamentos, e acima de tudo quem que ganhar dinheiro para sobreviver, mas as diferenças entre uma empresa livre e uma empresa tradicional logo começaram a aparecer, primeiro ponto de diferença segundo ele é o modelo 1 manda todos obedecem que existe nas empresas tradicionais não funciona nas empresas livres, pois por definição uma empresa livre necessita ser colaborativa, então o modelo 1 manda todos obedecem não fuciona, outra diferença que Paulino ressaltou foi no processo de seleção, normalmente uma empresa tradicional procura profissionais formados, com várias certificações, etc. já uma empresa livre normalmente procura pessoas que tenham vontade de crescer e agreguem diversidade a o ecossistema, pois certificação de diploma não são atestados de competência, e uma empresa livre quer competencia, pois se baseia muito na meritocracia assim como as comunidades, outra diferença grande é relacionada as formalidades normalmente uma empresa tradicional existem muitas formalidades horários, trajes, etc. já uma empresa livre normalmente a única coisa formal é o compromisso com o objetivo definido, o resto fica a critério de cada um.

Outra parte da palestra foi focada em mostrar como uma empresa livre pode ganhar dinheiro, segundo Paulino o momento nunca foi tão propicio para empresas livres, pois ninguém mais torce o nariz ao falar de software livre, por mais que um CIO nunca tenha utilizado um software livre, ele sabe o que é, que funciona, e que acima de tudo representa normalmente uma redução de custo significativa, aproveitando o gancho da redução de custo o segundo motivo para o momento propicio é a crise, pois todas as empresas em momentos de crise precisam otimizar seus recursos e isto implica em redução de custo. Paulino deu um exemplo de uma empresa livre criar um produto de software baseado em software livre e vender o mesmo a única restrição para isto é que o código fonte do software deve ser distribuído juntamente com o produto, mas este mesmo produto poderia também ser vendido no modelo SaaS como serviço, em nenhum destes dois modelos a empresa livre estaria infringindo uma licença, istó é totalmente normal no mundo livre.

Mas como tudo na vida o difícil está não em fazer o software mas sim em como chegar até o cliente, e ser conhecido, neste ponto Paulino ressaltou muito a importância de a empresa ser especialista em algo, não dá para abraçar o mundo, então você tem que focar onde você é diferenciado, e para se tornar conhecido normalmente é necessário muito trabalho junto a comunidade pois primeiro você se torna referencia na comunidade e depois conhecido no mundo externo. O mais difícil é emplacar um primeiro case de sucesso depois de ter um cliente de referencia as coisas ficam um pouco mais fáceis pois se o serviço foi bem feito este cliente será seu cartão de visita para os demais.

O governo brasileiro não ajuda em nada as empresas principalmente as startups, pois praticamente tudo neste país exige que sua empresa tenha 1 ano de vida até os financiamentos de bancos públicos.

Paulino deu uma aula de empreendedorismo, ele trabalha com desenvolvimento web a mais de 15 anos, sua empresa conta com clientes como USP, FGV, MBA FGV, IBMEC, dentre outros, no ano passado teve um crescimento de 1000%, ele é uma pessoa muito carismática, já trabalhou como programador no Timor Leste por 1 ano e meio, já viajou por mais de 20 países dando palestras sobre software livre.

Tenho o áudio da palestra full, quem estiver interessado em escutar posta um comentário que envio o arquivo o arquivo por email.

Link para apresentação:
* Apresentação criando e sustentando uma empresa livre.

Por fim pretendo fazer o resumo dos outros dias do FISL10 logo mais.

FISL 10 – Booth Babes

junho 26, 2009

Irei fazer um post diferenciado, comparado com o Rodrigo e o Antonio. Nada dessas coisas nerds ai de programação, qualidade de software.. o que interessa eh…. Mulher!
Dei um giro pelos stands das empresas, colhendo material para o deleite de vocês!

Apesar da incrivel quantidade de expositores, sabe como é né? Internet is a serious business. Os stands não tem a mesma “Qualidade” das exposições de carros ou de video-games. Mas mesmo assim, as grandes empresas nao decepcionaram! Quase todas as garotas foram bem simpaticas em posarem para as fotos (exceto a mais bonita la, que estava no stand da SENAC, que ficou acanhada e não quis…).

BoothBabes Globo.com

BoothBabes Globo.com

O stand da Globo.com estava show, com um visual bem moderno, fora do tradicional, seguindo as novas tendencias de design. Tá certo que eles não tinham muita coisa para falar sobre novas tecnologias, mas a abordagem deles foi show! Com apresentações bem legais, e chamaram atenção do público, mostrando que a globo também está por dentro do universo OpenSource!

BoothBabe Locaweb

BoothBabe Locaweb

Infelizmente na FISL 10, a locaweb, que é famosa por investir bem no “material” de exposição, decepcionou… Estava apenas com uma única expositora, bem comportada, mas não era de se jogar fora! Super acanhada, me deu trabalho para convencê-la a tirar uma foto!

P240609_11.23O stand da Oracle é do estilo mais tradicional. Infelizmente eles nao estavam com nada de super interessante a mostra (Ao contrário da globo.com), Mas afinal, Oracle é Oracle! Eles precisaram de apenas com um singelo balcão, uns banquinhos, uma máquina de café e a booth babe gatinha!

BoothBabe Solis

BoothBabe Solis

A SOLIS (Empresa de consultoria de soluções de gestão), estava com um stand simples, porém fui bem atendido, inclusive todos que estavam lá quiseram aparecer na foto… Mas é claro que eu só deixei a parte mais interessante para vocês 😉

BoothBabe Senac

BoothBabe Senac

E por ultimo, o stand da SENAC, que estavam distribuindo brindes e fazendo apresentaçoes e concursos com a sua lousa multimidia. E é claro, uma minazinha delicinha!

Bom pessoal.. Termino este post cercado por essa mulherada! Logo logo postarei sobre a palestra de IPTables!

Abraços!

MegaNão – Diga não ao AI-5 Digital

junho 25, 2009

Caros colegas,

Estou aqui no FISL 10 (Porto Alegre – RS), na palestra do Richard Stallman (FSFLA: Fundación Software Libre América Latina) e achei muito interessante o site citado pelo pessoal, sobre o MegaNao. Alguns dos ativistas do movimento estiveram presentes e houve um debate esclarecedor sobre a PL 84/99, a famosa “lei azeredo”, que priva a liberdade de compatilhamento de conteúdo, em uma maneira geral. Não deixe de se informar sobre a questão.

Outros muitos palestrantes, em cima do tema do FISL 10 desse ano (“liberdade”) citaram a liberdade de expressão por código como indispensável.

Entre no site do MegaNao e faça o apoio ao movimento, mas antes de tudo: fique esclarecido dos projetos de lei que afetam Open Source.

Até mais!

P.S.: Também publicado no Templário da Tecnologia.

Palestras Propostas no FISL10

abril 22, 2009

Para a 10a. edição do Fórum Internacional de Software Livre (FISL10), que ocorrerá no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre, de 24 a 27 de Julho de 2009, a Voice Technology submeteu 3 propostas de palestras:

  • Testes de performance em plataformas SIP utilizando SIPP
    Visão geral sobre o processo de testes explicando seu objetivo, etapas, aspectos importantes deste tipo de testes, propondo um modelo deste processo para a execução de testes de performance em plataforma de telefonia IP. Mostra ferramentas OpenSource para testes, como o o Sipp e abordar as dificuldades normalmente encontradas neste processo
  • SIP Proxy em Cluster Utilizando IPVS e Keepalived
    Esta palestra irá abordar tópicos práticos e conceituais para a construção de uma solução de SIP proxy de alta disponibilidade utilizando Keepalived, IPVS e OpenSER (formalmente OpenSIPS e Kamailio).
  • Abertura de Código Fonte: Plug-in SIP para JMeter
    Encontrar a ferramenta correta para os testes é sempre uma passo importante no desenvolvimento do sistema. Por isso, estamos compartilhando com a comunidade nosso plug-in SIP para o Jmeter, para que possa ser mais uma opção na tarefa de eliminar bugs do sistema.

As propostas aceitas serão divulgadas até o dia 25 de Maio. Vamos torcer para que alguma, e porque não algumas ou até todas ;), de nossas palestras sejam aceitas.

De qualquer forma estaremos muito bem representados no evento com nossa pequena caravana!