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Conclusão BRATESTE 2009

março 15, 2009

Se você me pedir para resumir o BRATESTE em uma palavra, eu diria: SENSACIONAL!!!

Motivos não faltam para chegar nessa conclusão, tanto em termos de organização quanto da qualidade do evento. Listo abaixo, alguns desses motivos:

  • Bem organizado: local, estrutura, equipes, stands, grade de palestra e divulgação;
  • Palestrantes de alto nível;
  • Objetivo de unir a comunidade de testadores do Brasil;
  • Apresentação de novidades, como o MPT (Melhoria de Processo de Teste de Software);
  • A participação de profissionais de vários estados do Brasil;
  • Foco nas tendências de mercado.

Logicamente, que todo evento tem alguns pontos fracos, e aqui vão alguns que notei:

  • Atraso de algumas palestras, principalmente no primeiro dia, cuja abertura teve início com 40 minutos de atraso;
  • Demora na distribuição das credencias, o que acabou influenciando o atraso da abertura;
  • Falhas em alguns links de apresentações, que não estavam corretos, sendo que um deles, fez com que a palestra do Marco Bassi, do grupo HDI, fosse trocada pela do pessoal da Borland;
  • Por que não fazer o almoço no local? Principalmente, pelo fato de ser difícil de controlar o horário de 1 hora de almoço, sendo ele fora do local do evento,  que geralmente era insuficiente e muitas pessoas se atrasavam para as palestras que ocorriam depois do almoço.

Como puderam perceber foram pequenas falhas que ocorreram, nada que comprometesse a qualidade final do evento.

Tendências

De acordo com os temas das palestras, ficaram claras algumas tendências, como:

  • O uso de metodologias ágeis e os benefícios e desafios na aplicação do Teste de Software;
  • O outsourcing de Teste de Software, principalmente como offshore;
  • A automação do Teste de Software e a preocupação com uma boa automação;
  • O conceito de fábrica de teste, que, aliás, é uma realidade há um bom tempo no Brasil, prova disso é a empresa T&M Testes de Software, que há mais de 25 anos fornece serviços in-house/out-house in-shore/off-shore de Teste de Software.

Considerações Finais

Com certeza valeu muito apena ter sacrificado dois dias de trabalho, para participar do BRATESTE. Ter a certeza que você não é o único que passa por dificuldades na prática do Teste de Software; o fato de haver pessoas no mundo todo, preocupadas com o Teste de Software. E ainda a oportunidade de está a par das novidades e tendências da nossa área.

Para encerrar, parabéns para ALATS pela organização do evento, e pela preocupação em disseminar conhecimento e buscar a melhoria da nossa área no Brasil. E mais uma vez, obrigado a Voice Technology, por me permitir e incentivar à participar do BRATESTE.

E como disse o Emerson Rios: “TESTADORES DO BRASIL UNI-VOS!”

Quem quiser fazer o download das apresentações do BRATESTE 2009, segue abaixo o link:

http://www.mediafire.com/file/4ol4yz5nmin/Palestras – BRATESTE 2009.zip (22.34 MB)

Cobertura BRATESTE 2009 (2º Dia)

março 14, 2009

O segundo dia do BRATESTE teve 7 palestras, duas a menos do que o primeiro dia. Mas nem por isso deixou a desejar, pelo contrário, foi mais um dia para conhecer  e aprender mais sobre Teste e Qualidade de Software.

Vamos então começar a cobertura do segundo dia do BRATESTE 2009. Boa leitura!

Test Outsourcing – Martin Pol – Polteq International Testing Services/Holanda

Começamos mais um dia com a presença de Martin Pol no palco. Dessa vez para falar sobre a terceirização de teste (famoso Test Outsourcing).

O primeiro e último slides da apresentação de Martin, tinham as fotos de Romário, Ronaldo e Alex (Chelsea). Muitos podem está se perguntando: Mas que por que diacho esse gringo colocou a fotos desses três?

O motivo é simples, os jogadores de futebol são uns dos melhores exemplos do bom funcionamento e benefício da terceirização. Se você ainda não está satisfeito com essa analogia, e ainda se pergunta: Por que terceirizar o Teste de Software?

Martin Pol poderia fazer uma lista com 40 motivos, mas sabendo que ele não seria o único palestrante do dia, citou apenas os principais, que são eles:

  • Usar a capacidade de outras pessoas;
  • Equipe independente;
  • Foco no core do negócio;
  • Redução de tempo perdido;
  • Falta de recursos;
  • Transferir funções de negócios para um parceiro externo.

Ops… quase esqueci de um, a REDUÇÃO DE CUSTO (calma não estou gritando, apenas enfatizando esse motivo que acredito que nenhum gerente deve ligar).

Bem, agora você pode está maravilhado com a “descoberta” de Martin Pol, e falando: “Esses gringos são fo#!%* mesmo”. Mas muita calma nessa hora, a terceirização é algo  comum, antigo e natural. Exemplo disso, são alguns pássaros que fazem ninhos para outros pássaros. E ainda temos outros exemplos da construção civil e aviação.

E lógico que quando a terceirização ganha o mundo de TI, logo surgem novos termos e ela é classificada:

  • Off-shoring:
  • Co-sourcing:
  • Business Process Outsourcing:
  • Joint Venture:
  • Right-sourcing:
  • Blended sourcing;
  • Near-shoring;
  • Home shoring.

Bem, para encerrar essa longa cobertura da palestra de Martin, vou deixar alguns conselhos e experiência que Martin Pol disse:

  • Há uma grande dificuldade no idioma, principalmente na Europa, onde mais de 23 idiomas são falados;
  • Gerenciamento e controle, gerenciamento e controle, gerenciamento e controle, gerenciamento e controle, gerenciamento e controle são muito importantes (o Martin repetiu muitas vezes essas duas palavras);
  • Dosar a rigidez e flexibilidade do processo;
  • Tenha uma direção, antes de entrar na terceirização;
  • Defina uma estratégia, selecione um fornecedor, crie o contrato, se preocupe com a transição e administre e monitore a terceirização;
  • O retorno do investimento demora em média 1 ano;
  • Tenha mais de um fornecedor, mas não muitos.
  • Torne-se especialista;
  • Pense sobre o divórcio antes de assinar o contrato.

Como vocês puderam perceber, eu nem gostei dessa palestra, na verdade só achei um pouco longa demais (1h30min). Mas foram 90 minutos muito bem gastos. 🙂

Automação de Testes de Má Qualidade: Como Evitar – Leonardo Molinari  MZP/Brasil

Grande Molinari! Estava ansioso para ver o que ele tinha a falar, afinal ele é um dos grandes nomes da nossa área aqui no Brasil.

Durante a sua apresentação, ele falou sobre os seguintes assuntos: automação não resolve tudo, mas é uma grande ajuda; automação de testes precisa ser aprendida corretamente; automação de teste não substitui uma equipe de testes; nem tudo pode ser testado, mesmo usando automação; nem tudo que pode ser testado precisará de automação.

Bem, minha impressão foi que mesmo com o Leonardo dizendo que não ia “chover no molhado”, acabou chovendo no molhado. Porém, levantou pontos importantes, como:

  • Não podemos falar que uma ferramenta é uma porcaria, sem antes a estudar direito;
  • Sempre é possível melhorar;
  • Ir sempre além da ferramenta;
  • Estudar, estudar e estudar;
  • O testador manual não vai morrer, devido ao seu conhecimento sobre o negócio.

No final da apresentação, Molinari ainda revelou uma surpresa (tcharam!)…seu novo livro sobre Testes de performance, que em breve estará nas melhores livrarias do país (hehe).

Experiência de testes com Alta Automação: A Experiência da Falabella Chile – Jorge Maturana Palma (Falabella)/ Chile

Nessa palestra, Jorge Maturama falou sobre o caso de sucesso da Alta Automação, implantada pelo grupo HDI (o do Marco Bassi). Mostrando um pouco das suas expectativas com o Teste de Software, o uso da ISO-IEC 926 e ainda a importância dos usuários estarem felizes com o produto entregue.

O interessante da palestra foi o fato de uma empresa brasileira, ter ganhado a licitação do projeto, concorrendo com grandes empresas multinacionais como IBM e Accenture. E com uma solução inovadora que é a plataforma de Alta Automação do grupo HDI (que foi apresentada no primeiro dia).

Casos de testes: como, por que y para que – Marcelo de los Santos/Uruguai

O Marcelo é o diretor da diretoria da ALATS no Uruguai, a primeira diretoria fora do Brasil. E apresentou a sua experiência com Teste de Software, focando no uso dos casos de testes, mas também comentando sobre: checklist e uso de máquinas virtuais para a montagem dos ambientes de teste.

Algo interessante que notei, foi o fato, de países diferentes enfrentarem os mesmos problemas. Logo surgi uma necessidade em comum, e alianças e trocas de informações podem e devem ser feitas. O que mostra que a tentativa da ALATS em atingir a América Latina é muito válida.

Benefícios da utilização de Testes Exploratórios em projetos Offshore e Onshore – Aderson Bastos de Souza –  Stakeholder Consultancy Services/Brasil

Duas coisas me impressionaram nesta palestra:

  1. Eu pensava que o Aderson Bastos era da mesma faixa de idade do Emerson Rios e Trayahú Moreira, quando na verdade, ele é bem novo, deve ter uns 30 anos no máximo;
  2. O uso de Testes Exploratórios como uma forma de alcançar o sucesso em projetos de teste.

Uma das melhores palestras do BRATESTE, teve início com a apresentação dos conceitos de Teste Exploratório. E logo em seguida o Aderson mostrou dois casos de sucesso usando Testes Exploratórios, um offshore (para Nova York) e outro onshore (para uma grande empresa).

Na minha opinião, o Aderson Bastos conseguiu tirar leite de pedra em ambos os projetos. Pois nos dois a especificação quase não existia, e o pouco que havia era bem desatualizada e inconsistente. Tornando o processo de teste muito complicado e difícil.

E tais cenários demandavam do uso de Testes Exploratórios, que realizados pela sua competente equipe, conseguiram trazer bons resultados, tendo o foco na cobertura dos requisitos do negócio, que eram o pouco de documentação que existia nos projetos.

E com o decorrer dos projetos o Aderson Bastos conseguiu mudar a visão dos clientes sobre o Teste de Software, e fazer-los ajudar no teste também. Além de conseguir aumentar o esforço de teste de 2% para 10%, o que ainda é pouco, mas já é um bom salto para dois anos de projeto.

O mais interessante da palestra, foi a superação do grande desafio que a empresa do Aderson teve, um desafio que muitas empresas indianas tiveram medo de enfrentar. O que mostra que nós brasileiros podemos oferecer Teste de Software melhor do que outros países, principalmente, quando é necessário criatividade para superar os desafios.

Behaviour-Driven Development: A nova Era do Test-Driven Development e Acceptance Test-Driven Development. Com exemplos em Concordion e JBehave 2 –  José Paulo Levandovski Papo  – BRQ IT Services/Brasil

O que falar de uma palestra, que antes do seu início, você já tem a certeza de que vai ser muito boa. Afinal, no palco está José Paulo Levandovski Papo, o famoso José Papo.

A palestra foi uma verdadeira aula sobre: Test-Driven Development (TDD); Behavior-Driven Development (BDD); e o Acceptance Test-Driven Development (ATDD). Apresentando os conceitos, benefícios e dificuldades de cada prática. E ainda mostrou alguns exemplos, usando ferramentas como o Concordion.

Os pontos mais importantes levantados pelo Papo, foram:

  • Os testes unitários são feitos pelos desenvolvedores e são de grande valor na prevenção dos defeitos;
  • É possível fazer o teste de aceite antes do sistema está totalmente pronto;
  • É muito importante envolver os stakeholders;
  • Com o BDD, qualquer pessoa pode entender o teste;
  • Com o uso do ATDD, cria-se uma especificação executável.

E como toda boa aula, o professor nos deixou, de maneira indireta, uma lição de casa. Estudar melhor tais práticas e tentar colocá-las nas nossas empresas, ou pelo menos, mostrar ao desenvolvedores que tais práticas existem.

Aumentando a produtividade em testes de sistemas usando Six Sigma – Caso Real – Fátima Mattos  EDS/ Brasil

A palestra da Fátima mostrou como que a sua equipe fez para tentar aumentar a produtividade da fase de teste em 20%, utilizando para isso o Six Sigma, que é uma metodologia estruturada com foco na melhoria contínua.

A sua equipe enfrentava um grande problema de não encontrar o testware, por ele não está armazenado de uma maneira fácil a ser consultado.

Para superar esse problema ela usou o DMAIC, que defini 5 passos para a melhoria contínua: Definir->Medir->Analisar->Melhorar->Controlar.

Após todo o esforço realizado pela equipe, eles obtiveram um ganho de 93% na produtividade. E a solução adotada foi a criação de um repositório de conhecimento, o que aumentou em 127% o uso do testware.

Após a palestra da Fátima Mattos, houve o show de encerramento, com direito a samba e o pessoal da ALATS sambando no palco (esse é o Brasil!, tudo no final acaba em samba, faltou apenas uma pizza).

Bem pessoal, aqui encerro a cobertura do BRATESTE 2009, espero que vocês tenham gostado.

Mas esse não é o fim, ainda irei fazer um post com a minha conclusão sobre o evento. E já posso adiantar que elas foram excelentes! 🙂

Quem quiser fazer o download das apresentações do BRATESTE 2009, segue abaixo o link:

http://www.mediafire.com/file/4ol4yz5nmin/Palestras – BRATESTE 2009.zip (22.34 MB)

Cobertura BRATESTE 2009 (1º Dia)

março 13, 2009

Caros leitores,

Começa aqui a cobertura de um dos maiores eventos de Teste e Qualidade de Software do Brasil, senão o maior, o BRATESTE 2009. Boa leitura!

Abertura – Emerson Rios ALATS Brasil

O Presidente da ALATS fez a abertura do evento apresentando um pouco sobre a Associação Latino-Americana de Teste de Software (ALATS) e sobre os dois projetos que ela tem: a Certificação Brasileira de Teste de Software (CBTS) e a Melhoria de Processo de Teste de Software (MPT). O primeiro com o foco na qualificação profissional e que hoje já conta com 202 certificados ( já contando os dois novos certificados de hoje, mais detalhes daqui a pouco). Já o segundo projeto foca a melhoria do processo de teste, pois como o próprio Emerson Rios disse, não adianta temos excelentes profissionais, se o nosso processo e ineficaz.

Emerson Rios ainda enfatizou a importância da comunidade de teste no Brasil, e que ela seja colaborativa. E ainda fez a platéia levantar para falar em uníssono, uma frase que ele parafraseou de Karl Marx: “Testadores do Brasil uni-vos!”

The evolution of Testing – Martin Pol – Polteq International Testing Services / Holanda

Se eu for colocar todas as minhas anotações sobre essa palestra, precisarei de vários posts (quase acabei um bloco de notas). A palestra foi sensacional! Ao seu término já valeu a pena ter participado do BRATESTE 2009, só por essa palestra. Por que eu digo isso?

  • Pelo palestrante, ser uma das maiores autoridades em Teste e Qualidade de Software no mundo;
  • Por ter provado ser digno de tal grandeza;
  • Por ter falado sobre o Teste  de Software, do seu início até os dias atuais, em 50 minutos;
  • Por ter comentado sobre assuntos que já cansamos de ouvir, mas que ouvindo um “gringo” falar parece ter mais importância;
  • E por fim, pelo Martin Pol de sido certificado CBTS, devido aos seus conhecimentos e atitudes em promover o Teste de Software no mundo todo. Martin Pol o certificado CBTS de número 201.

Using offshore partners for software factory approach – Luc Vandergoten – BTR Services/Bélgica

Luc começou a sua apresentação falando um pouco sobre a sua empresa na Bélgica, que já está há mais de 10 anos no mercado. Luc tinha duas grandes necessidades: a de mão de obra especializada, que falta na Bélgica, e de trabalhar de uma maneira internacional. E para tentar sanar as suas necessidades a sua  empresa começou a prática o Offshore, terceirizando o desenvolvimento de software para a Índia e a QA (Quality Assurance) para o Brasil.

Três fatos que o Luc Vandergoten disse na sua apresentação, me chamaram a atenção:

  • Os problemas com a Índia:
    • Cultura
      • Sempre dizer “Sim”;
      • Não aceitar falhas, sentir-se ofendido ao receber o reporte das falhas.
    • Educação
      • Foca os estudos em tecnologias velhas (ex.: Mainframe, COBOL, etc);
      • Sem inovação
    • Qualidade
      • Sem teste
  • O uso de metodologias ágeis, mas especificamente o uso do Scrum. Mesmo com o grande problema da localização diferente das equipes. Tendo que realizar a daily meeting via Skype;
  • O desafio de gerenciar um projeto que está sendo desenvolvidos em três países diferentes (Bélgica, Brasil e Índia).

Luc concluiu a sua apresentação dizendo que Offshore não é fácil, mas em contrapartida, traz boas reduções de custo. E ainda disse que soluções globais são melhores construídas globalmente.

Un Modelo para la Externalización de Pruebas SW (Um modelo para a externalização de Teste de Software) – Mamdouh El Cuera (MTP)/Espanha

O palestrante, Mamdouh El Cuera, mostrou como funciona o Teste de Software na sua empresa, focando em tratá-lo como um serviço. Para ter idéia, ele aplica conceitos de ITIL no processo de teste, e até faz uso de KPIs. Ele ainda disse que os projetos de testes fracassam, devido aos clientes pensarem que terão resultados imediatos, quando na verdade, os resultados do Teste de Software ocorrem a médio e longo prazo.

Mamdouh ainda destacou a existência de um planejamento consistente e de uma equipe de teste, formada por especialistas.

O interessante da palestra foi o tratamento do Teste de Software como serviço.

Prevenção de Defeitos – Arndt Von Staa – PUC-Rio/Brasil

A quarta palestra do dia foi a segunda melhor (na minha opinião, só perdendo para a do Martin Pol). O professor Arndt Von Staa, que está na área de computação há mais de 47 anos ( ele escreveu o seu primeiro programa em setembro de 1962), abordou com propriedade a importância da prevenção de defeitos.

Ele iniciou explicando um pouco sobre algumas terminologias (engano, defeito, erro, falha, etc). Enfatizou a importância do software ser fidedigno. Argumentou sobre as crenças existentes em TI, dizendo que não se pode esperar que os sistemas não possuam defeitos, e que mesmo em sistemas perfeitos pode haver falhas.

No final da apresentação Arndt comentou que podemos obter bons resultados com o uso de técnicas formais leves, revisões e inspeções.

Após o encerramento da palestra, Arndt Von Staa recebeu o certificado CBTS, por toda a sua bagagem acadêmica e pelos 47 anos de TI. E se tornou o 202º certificado CBTS do Brasil.

Fábrica de Teste Futuro ou realidade – Ricardo Cristalli – iTeste/Quality/Brasil

Logo de início o Ricardo Cristalli provocou a platéia, perguntando se o Teste de Software pode ser encarado como um projeto, e a grande maioria dos participantes (incluindo esse que vós fala) levantou a mão. Na sequência explicou um pouco sobre o teste ser tratado como projeto, citando o PMI.

Dentre os tópicos abordados pelo Ricardo, destaco: a otimização de recursos internos; importância da automação e da reusabilidade; a necessidade de saber onde procurar os defeitos; conhecer os atributos do software; testar não é uma atividade simples;  o processo deve representar o dia-a-dia; uso de ferramentas, somente se forem adequadas ao projeto; virtualização de ambiente de teste; sem especificação não podemos ter um bom teste.

Para fechar a apresentação, o Ricardo mostrou algumas notícias que mostram que fábricas de teste são uma realidade no Brasil, dentre as principais estão: CPM Braxis, T&M Testes e RSI.

Usando Rede Bayesiana e Critério de Adequação para Obter uma Melhor Cobertura de Teste de Requisitos – Gustavo Quezada/Brasil

Essa foi a apresentação mais técnica do dia. O Gustavo Quezada apresentou o conceitos sobre rede Bayesiana, uma rede que modela a implementação do software permitindo simular diferentes cenários. E também a importância de definir os critérios de adequação.

O uso de rede Bayesiana, geralmente, é feito em grandes projetos para garantir a cobertura de teste dos requisitos. Sendo muito útil para reduzir a falha ou ambiguidade dos requisitos, além de diminuir o retrabalho. E a rede Bayesiana ainda pode servir como um complemento as documentações do software.

MPT Melhoria de Processo de Teste de Software – Emerson Rios – ALATS/Brasil

Emerson Rios retorna ao palco, agora para dá mais detalhes sobre a MPT – Melhoria de Processo de Teste de Software. Cujo motivo do seu surgimento, foi a inexistência de uma entidade para aplicar um modelo de melhoria do processo de teste no Brasil, já que o TMM não é avaliado aqui. Além do intuito de fazer um modelo brasileiro, que seja de baixo custo, comparado ao MPS.BR e CMMI.

A MPT tem 8 níveis (de 1 até 8), que representam o grau de maturidade do processo de Teste de Software. No momento os dois primeiros níveis já estão definidos, e podem ser consultados no arquivo disponibilizado pela ALATS. E o terceiro já está em fase final e deverá está pronto em julho, que é a data prevista para a formação de avaliadores MPT.

O Emerson Rios ainda disse, que a MPT poderá ser aplicada a qualquer equipe de teste, independente do seu tamanho.

No final da apresentação o Emerson Rios ainda simulou uma entrevista da MPT nível 1 com uma participante do evento.

Central ou Fábrica de Testes – Uma abordagem para testes independentes – Adriano Romero e Ana Aquino – Borland/Brasil

Palestra de cunho mais comercial, onde os palestrantes Adriano Romero e Ana Aquino mostraram as várias ferramentas para cada área do Teste de Software, que a Borland oferece. Sendo elas:

  • Caliber Defineit – para definir os requisitos e criar as storyboard;
  • Caliber RM – realizar a matriz de rastreabilidade e estimativa;
  • Silk Central – gestão dos documentos de testes, apresentação de informações em gráficos e relatórios e rastreabilidade da falha;
  • Silk Test – gravação e execução dos testes;
  • Silk Performer – cria e executa os testes de performance e também monitora o sistema.

A Ana Aquino ainda explicou o bom e velho Modelo-V, encaixando as ferramentas da Borland de acordo com a atividade de teste.

Comparativo entre Testes Manuais, Automação e Alta-Automação: 40 projetos reais, em 8 países usando Compuware, Rational, Borland e Mercury – Marco César Bassi – CEO-Grupo HDI

Se uma pessoa chegasse para você hoje, e dissesse que ela tem uma ferramenta que cria, executa e retornar os resultados dos testes de forma automática, usando Inteligência Artificial (IA), e se você precisar simular a interação do usuário via teclado, ela tem um robozinho que faz isso. O que você acharia dessa pessoa?

  1. Um doido varrido;
  2. Um charlatão dos piores;
  3. Boa piada essa!
  4. Você sonhou com isso?
  5. Aham… e Papai Noel existe também.

Resposta correta, nenhuma das alternativas. É tudo verdade, pelo menos é o que garante o CEO do Grupo HDI, Marco César Bassi. Cuja apresentação foi muito boa, simples e direta. E o melhor de tudo, com fatos que comprovam a eficácia da sua plataforma de Alta-Automação.

A solução do Grupo HDI é vendida como serviço, eles não vendem a ferramenta. E já foi aplicada em mais de 40 projetos, em 8 países. E dentre os interessantes dados coletados, estão:

  • 89% das falhas são validações de campos e formatos (falhas bobas);
  • 100% dos sistemas tinham falhas de segurança;
  • Os países que mais erram são EUA e Índia (os americanos apenas fazem normas para os outros ler, eles mesmos não lêem);
  • O país que menos erra é a Irlanda (segundo o Marco, não foi encontrado nenhuma falha no sistema deles);
  • O Brasil é o 4º melhor país em desenvolvimento (no total são 8 países avaliados);
  • 48% de falhas em requisitos.

A palestra do Marco, fechou o primeiro dia da BRATESTE com chave de ouro, despertou muita curiosidade em saber como tudo isso funciona (tentarei buscar mais informações amanhã).

Bem, aqui encerro a cobertura do primeiro dia, espero que vocês tenham gostado. Amanhã tem mais!

Quem quiser fazer o download das apresentações do BRATESTE 2009, segue abaixo o link:

http://www.mediafire.com/file/4ol4yz5nmin/Palestras – BRATESTE 2009.zip (22.34 MB)