Archive for the ‘Qualidade e Teste’ Category

D-olho na qualidade 5Ss (parte 2)

outubro 20, 2009

Como o outro post D-Olho na Qualidade 5Ss  foi bem acessado, achei que seria legal dar continuidade as dicas de implantação do programa.

Primeiramente é importante avaliar a situação atual da empresa, então abaixo foi elaboradas algumas questões a serem respondidas, assim vamos compreender o grau de caos da empresa, logo apos iniciando a implantação do programa que é fundamental, vou ajudar a iniciar o desenvolvimento das etapas envolvidas em criar interesse no programa e não deixar dúvidas do que em que o programa irá ajudar a empresa e seus colaboradores.

Verificação

Tabelas retiradas do curso do Sebrae D-Olho na qualidade 5Ss

Preencha a “Lista de verificação”, observando os critérios definidos na legenda abaixo:
DICA: É de fundamental importância que você responda esta lista com muito critério e lembre-se do que realmente acontece na empresa e não como você gostaria que estivesse.

Lista de Critérios

Nota

Conceito

Descrição

1 Ruim Nenhum item atende ao padrão estabelecido
2 Regular Poucos itens atendem ao padrão estabelecido
3 Bom Muitos itens atendem ao padrão estabelecido
4 Excelente Todos os itens atendem ao padrão estabelecido

  

Lista de verificação do Programa

ETAPA : Descarte*

Avaliação

Itens :

1

2

3

4

Foram definidos padrões e procedimentos para a manutenção do descarte*.        
Existem materiais, objetos e equipamentos desnecessários nos locais de trabalho.          
Os equipamentos, ferramentas e materiais estão em bom funcionamento.        
A quantidade de suprimentos* no setor é mesmo necessária.        
Existem papéis, dados, informações desnecessários nos locais de trabalho.        

 

Lista de verificação do Programa

ETAPA : Organização

Avaliação

Itens :

1

2

3

4

Foram definidos padrões e procedimentos para a manutenção da organização.        
Os itens e objetos do local de trabalho estão organizados, sistematizados.        
Os itens e objetos do local de trabalho estão devidamente identificados/ sinalizados*/ acondicionados*.        
A organização física do local de trabalho (layout*) reflete ordem e sistematização e contribui para o aumento da produtividade.        
Os itens e objetos do local de trabalho após o uso estão sendo retomados para os seus devidos lugares.        

 

Lista de verificação do Programa

ETAPA : Limpeza

Avaliação

Itens :

1

2

3

4

Foram definidos padrões e procedimentos para a manutenção da limpeza.        
O local de trabalho está adequadamente limpo.        
Os equipamentos, ferramentas e materiais estão limpos e bem conservados.        
Os colaboradores estão usando uniformes em condições adequadas.        
Os colaboradores participam da limpeza do local de trabalho.        

 

Lista de verificação do Programa

ETAPA : Higiene

Avaliação

Itens :

1

2

3

4

Foram definidos os padrões e procedimentos para a manutenção do descarte*, organização e limpeza no dia-a-dia.        
O ambiente de trabalho é agradável, harmônico, não poluído.        
Os colaboradores se apresentam dispostos, com aparência adequada.        
Existem procedimentos de segurança e são conhecidos por todos.        

 

Lista de verificação do Programa

ETAPA : Ordem Mantida

Avaliação

Itens :

1

2

3

4

Os padrões para a manutenção do descarte*, organização, limpeza e higiene, no dia-a-dia, estão sendo cumpridos.        
Os horários e normas estabelecidas são respeitados.        
As não-conformidades estão sendo relatadas e trabalhadas.        

Exemplo: no descarte tivemos o que equivale a 1+3+3+4 = 11 divididos por 42,75, ou seja, o seu conceito está de regular para bom; pode melhorar – E muito !!!

Mão na massa

O primeiro passo é criar um cronograma de implantação com os passos a serem realizados.

Cronograma de implantação

Prazos : definir prazos para cada etapa do programa
Local : definir um local agradável para discutir sobre o programa
Reuniões : Antes de cada etapa é importante fazer uma reunião explicando o que é, e como irá ser implantada para todos funcionários da empresa.
Cartazes : Criar cartazes, avisos e propagandas sobre a implantação do sistema isso ajuda a dar credibilidade e motivar os colaboradores a participarem.
Mural : Criar um jornal mostrando todas as mudanças em progresso e notícias das implantações
Registre a Situação da Empresa em Fotos ou Filme.

Como sabemos bem “fazemos projetos o tempo todo” não coloque tempo muito longo nem curto entre as etapas, levando em consideração as etapas, claro.

Lançamento do programa

Será interessante criar um lançamento “festa” para o inicio e divulgação do programa, isso da uma força para que todos queiram participar. Então crie um lançamento memorável!!

O lider da implantação deve ser bom o suficiente para passar confiança ao projeto, não deixando passar em branco questionamentos entre os participantes de que o projeto apenas seja fogo na plalha e outros questionamentos que vão acontecer.

Preparar o ambiente

Estes são alguns exemplos retirados do curso do sebrae sobre a elaboração do evento:

  • Forme uma equipe de apoio para auxiliar na implantação do programa;
  • Crie todos os cartazes referentes aos conceitos e benefícios do programa. Isso é uma maneira de envolver todas as pessoas da organização;
  • Realize o diagnóstico da organização, utilizando a lista de verificação nos setores da sua Empresa;
  • Planeje o lançamento do programa em toda a organização;
  • Cinco dias úteis antes da data marcada para a reunião de Lançamento, afixe, nos locais mais visíveis da empresa, cartazes para provocar a expectativa de todos em relação ao programa. Três dias úteis antes da reunião, será a vez de afixar o cartaz – convite já preenchido com a data, a hora, assinaturas e local da reunião;
  • Durante o lançamento, após discutir temas do interesse do grupo participante, fale, então, do grande problema que é o desperdício no Brasil. Pesquise na internet dados sobre isso complementados com informações regionais;

Seguindo estas dicas já é possivel começar a ter em mente do que irá ser feito e como irá iniciar a implantação, aguardem os próximos posts até que sejam finalizados e que possa ser implantado o programa com sucesso.

Acredito que os próximos posts gerem uma espectativa maior e você vai começar a pensar em realmente implantar o programa até em sua casa.

Espero que tenham gostado,

Roberto Capelo

Impressões 3º Encontro Mensal da ALATS São Paulo

junho 24, 2009

Pessoal,

Ocorreu nesta terça-feira (23/06) o 3º encontro mensal da ALATS. E tive o prazer de participar deste encontro que teve como tema “Teste de Performance”, palestrado por Fábio Martinho Campos.

Abaixo, segue as minhas impressões do evento.

Palestra

Como vocês podem já ter pensado, o tema deste encontro não é nada fácil, afinal os testes de performance são um dos mais difíceis de serem executados, e ainda não é muito aplicado no mercado brasileiro.

O Fábio começou sua palestra apresentando alguns conceitos de teste de performance e apresentando as diferenças entre teste de performance, que é do tipo não-funcional, e o funcional. Logo de cara, ele deixou bem claro que ele não é igual ao teste funcional e é bem mais complexo, e que o responsável pela sua execução precisa um bom e variado conhecimento sobre todo o sistema (BD, aplicação, rede, etc).

Os testes de performance agrupam vários outros testes, como por exemplo:

  • Teste de Carga: o teste de carga simula muitos usuários acessando um servidor ao mesmo tempo, a fim de verificar diversos contadores de performance (ex.: tempo de resposta);
  • Teste de Stress: leva o sistema ao caos, por exemplo: deixar a aplicação rodando por 2 meses com uma alta carga. Seu objetivo é identificar os limites do sistema.

Esse tipo de teste tem três percepções gerais: teste de tempo e resposta, teste de throughput (taxa de transferência) e teste de capacidade.

Alguns pontos interessantes levantados pelo Fábio:

  • É preciso ter um profissional especializado para executar o teste de performance, geralmente, é um profissional sênior. Há até um cargo específico para o profissional que realiza testes de performance, o de Analista de Performance;
  • O Analista de Performance é um profissional muito ativo e amigo de todos, afinal precisa da ajuda de outros profissionais (DBA, Analista de Redes, Arquiteto, etc) para desempenhar o seu papel de uma forma mais efetiva;
  • Um dos principais objetivos do teste de performance, senão o principal, é identificar onde está o gargalo, e essa é uma tarefa não muito fácil, pois há uma séria de fatores que devemos analisar, por isso o profissional deverá ter bastante atenção, saber interpretar gráficos, entender das métricas e ter um conhecimento do sistema e da maneira que ele está arquitetado;
  • Os testes de performance são essenciais em qualquer programa de Qualidade de Software, pois podem revelar falhas bem graves e impactar diretamente no negócio do cliente. Um exemplo dado, foi de um site de uma companhia área que ao realizar promoções, não resistiu a carga de acessos e ficou fora do ar. Imagine o tanto de clientes que desistiram da tal promoção, e como a credibilidade da companhia pode ter diminuído, perante os consumidores;
  • Ao realizar testes de performance você necessita de número, os resultados são baseadas em dados quantitativos e não qualitativos (sem números não tem como saber onde chegar);
  • O Analista de Performance pode ajudar o cliente na definição dos requisitos não-funcionais;
  • O testador deverá realizar os testes muitas vezes, analisar e gerar relatórios;
  • As melhores ferramentas para teste de performance são pagas;
  • É uma que tem bem poucos profissionais capacitados e que deverá crescer no Brasil;
  • Para aqueles que se interessam nessa área e gostariam de ingressa nela, uma boa é aprender alguma ferramenta de teste de performance (ex. LoadRunner, Rational Performance Tester e SilkPerformer)entender bem o funcionamento dela e depois busca uma certificação na ferramenta estudada.

O Fábio apresentou os ciclos do teste de performance, que ainda podem ter algumas variações dependendo do tipo de teste de performance que está sendo realizado.

Atividades principais do teste de performance
Atividades principais do teste de performance

Ainda foi comentado que há uma série de fatores que podem influenciar a performance de um sistema, desde da linguagem de programação escolhida até como está arquiteturada a rede de dados. E também alguns mitos existentes sobre o teste de performance, como por exemplo: se tudo está funcionando perfeitamente de forma funcional, estão está tudo certo.

E no final o Fábio apresentou duas ferramentas de forma prática:

  • O PerfMon, ferramenta gratuita da Microsoft para monitoração do sistema;
  • WebLOAD, ferramenta para geração de carga focada em Web.

Conclusão da Palestra

Como puderam perceber a palestra abordou de forma bastante ampla o tema, e o Fábio conseguiu aprofundar e dá mais informações sobre alguns pontos. A palestra foi muito boa, a forma como o assunto foi abordado fez com que todos conseguissem assimilar as informações e saírem com um conhecimento mais maduro sobre teste de performance.

Com certeza é um assunto muito interessante e pertinente, afinal uma hora você irá precisar fazer testes de performance (isso se já não deveria está fazendo), pense nisso.

Encontro

Durante a palestra do Fábio, houve bastante espaço para perguntas, todos puderam tirar dúvidas e trocar experiências. Foi bem legal! E ainda teve o coffee break, onde pudemos conversar mais sobre os assuntos de palestra e também conversar com os amigos. 🙂

Conclusão Final

Foi mais uma excelente oportunidade de falar sobre Teste de Software num ambiente agradável, com um pessoal participativo e palestra e palestrante de altíssimo nível. 🙂

Próximo Encontro

E como é de praxe, foi divulgado as informações do próximo encontro. E o encontro de número 4º terá como tema “Automação: Mitos e Verdades” e será palestrado por um tal de Elias Nogueira, alguém sabe quem é esse cidadão? Ouvi falar que é um cara que veio do Sul e que torce pro Internacional…rsrs…brincadeira. O Elias Nogueira, autor do blog Sem Bugs, é um dos melhores e mais participativos profissionais da nossa área. E irá compartilhar um pouco do seu vasto conhecimento nesse encontro.

Ou seja, será mais uma ótima oportunidade para aprender e discutir sobre Teste de Software, e lógico que também para zoar com a cara desse Colorado (rsrs…infelizmente tô achando que o “Curinthia” [Ronaldo!] já ganhou a Copa do Brasil, espero que eu esteja enganado).

Então pessoal, se programem e divulguem na sua empresa, bairro, associação, buteco, etc o encontro. 🙂

Abraços!

Ahhh…para aqueles que acham que o Fábio Martinho Campos é o cara, o “monstro”, eu descobrir dois defeitos nele (hehe): ele é corinthiano e ama o IE (Internet Explorer). Bem o primeiro até é justificável, afinal a probabilidade de ser corinthiano é grande, já para o amor ao IE eu realmente não entendi (deveria até te perguntado), o IE é muito ruim comparado aos outros navegadores, mas fazer o que, gosto é gosto, não se discute. Ninguém é perfeito.

P.S.: Assim que estiver disponível a apresentação no site da ALATS, eu atualizo o post e coloco aqui o link. É um rico material, são mais de 60 slides bem elaborados.

Fonte:

J.D. Meier,  Carlos Farre,  Prashant Bansode,  Scott Barber,  Dennis Rea. Performance Testing Guidance for Web Applications – patterns & practices, Microsoft, 2007. (link download)

Impressões do 2º Encontro Mensal da ALATS São Paulo

maio 14, 2009

Hoje das 18:30 até às 22:00 ocorreu o 2º Encontro Mensal da ALATS em São Paulo.

O tema dessa vez foi “Estimativas”,  e foi dividido em duas palestras: “Estimativa do tamanho do Software através da Análise de Pontos de Função (APF)”, palestrada pela Cristiane Pelossi Genovese Barroso, CFPS – Certified Function Point Specialist e “Estimativa do tamanho do Software através da Análise de Pontos de Teste (APT)”, palestrada pelo José Correia, diretor da ALATS São Paulo.

Abaixo, relato as minhas impressões do 2º encontro mensal.

Estimativa do tamanho do Software através da Análise de Pontos de Função (APF)

A palestra ocorreu no auditório do IMAM para 44 participantes (no 1º encontro foram 14). E no seu início a Cristiane apresentou como que surgiu a APF e um breve panorama da situação de mercado, aliás, um dado informado bem interessante é a falta de pessoal qualificado para a área.

Em seguida a palestrante explicou os conceitos de APF, ela é uma técnica para medir o tamanho do software, e está fortemente relacionada com os requisitos funcionais solicitados pelo cliente.

Além de sua função principal, a APF ainda ajuda na complementação e melhoria dos requisitos. E com ela fica mais fácil explicar o tempo do projeto e estimar o valor do mesmo (que muitas vezes é definido por horas e não por função).

A Cristiane ainda  explicou como funciona a certificação CFPS, que já tem mais de 500 certificados no Brasil, aliás, o Brasil é o país que mais tem certificados. 🙂

Bem, para finalizar a impressão da palestra da Cristiane, ficou claro que aplicação da APF traz bons resultados, porém ela não é fácil de ser aplicada, há muitos fatores que podem influenciar, e temos que está capacitados para tal tarefa. Tanto a nível de conhecimento da APF como do sistema que está sendo avaliado.

Um ponto interessante, apresentado pela Cristiane é que a APF pode ser aplicada mesmo com o projeto já em andamento, para as novas funcionalidades, por exemplo.

Estimativa do tamanho do Software através da Análise de Pontos de Teste (APT)

A palestra do José Correia foi bem curta e mais para dá uma visão geral na APT, criada por Martin Pol, Ruud Tennissem e Erik Van Veenendaal.

O que ficou legal, foi que após ter visto a APF ficou bem claro a importância da APT, pois ela é mais especifica e abrangente para a área de Testes. Sendo muito útil para estimar o esforço de teste necessário, e muito melhor que a “estimativa do dedo”, ou a do “veja bem”, ou ainda a do “se”.

O José Correia alertou que precisamos usar mais a APT no Brasil, afinal ela é uma continuação de uma metodologia válida, e é bem usada na Europa, o que mostra que ela pode sim nos auxiliar nas estimativas.

No final o palestrante ainda comentou sobre outras formas de estimar:

  • Top down
    • Custos
    • Restrições
    • Ponto de Função
    • Cocomo
  • Julgamento experiente
  • Botton up
    • Baseado na WBS

E ainda José Correia nos contou duas novidades, o lançamento do Comitê de Estimativas e da BLAETS (Base Latina Americana de Estimativas de Teste de Software) um projeto que visa proporcionar a todos da área, uma fonte para obter estimativas de esforço no Teste de Software.

E para o desenvolvimento da BLAETS nós precisaremos ajudar, pois ela será construída a partir de dados fornecidos por nós. A ALATS irá coletar, analisar e divulgar tais dados, que não terão nenhuma informação particular, como os dados da empresa.

Mais uma boa iniciativa, e o sucesso dela só depende da comunidade brasileira de Teste de Software, ou seja, de nós mesmos.

Coffee Break

O coffee break foi um momento ímpar do encontro, além dos excelentes salgados e doces, o restaurante estava cheio e foi um bom momento para conversar com o pessoal. Aliás, tive o prazer de conhecer pessoalmente o Elias Nogueira e também o Robson Agapito, junto com o pessoal da Mega, e também algumas pessoas que já visitaram o QualidadeBR. 🙂

Encontro

O segundo encontro foi muito bom, uma oportunidade única para entender melhor a APF e APT, e ainda aproximar mais a comunidade de Teste e Qualidade de Software.

Parabéns a Cristiane pela palestra, ao José Correia e o pessoal da Iterasy (que auxiliam a organização do evento) por mais um encontro e pelo esforço dedicado, e também a todos os participantes, afinal sair do trabalho e ir para o encontro não é fácil.

E para encerrar esse post, nada melhor do que falar sobre o 3º encontro mensal, que terá Fábio Martinho Campos, grande especialista da área, palestrando sobre Teste de Performance, no dia 16 de junho no IMAM.

Abraços a todos! E até o próximo encontro! 🙂

Saiba mais:

Quem quiser saber mais sobre os encontros mensais da ALATS em São Paulo, e também fazer o download da apresentação do 2º encontro, segue abaixo o link:

http://www.alats.org.br/Default.aspx?tabid=144

Impressões do 1º Encontro Mensal da ALATS São Paulo

abril 17, 2009

Ontem em São Paulo, das 18:30 às 22:00, ocorreu o 1º Encontro Mensal da ALATS São Paulo, sendo também o 1º encontro de Teste de Software a ser realizado pela ALATS. E é claro que nós não poderíamos perder um evento desses. 🙂

Abaixo relato quais foram as minhas impressões sobre essa excelente iniciativa da ALATS.

Expectativa

Antes de falar do encontro em si, cito o que eu esperava dele. Bem, eu já estava empolgado pela iniciativa e oportunidade. E o legal desse tipo de evento é que ele acaba sendo menos formal, tem um menor público e é mais  focado, afinal é um encontro.

Primeira impressão

Ao chegar no local do encontro, juntamente com a Daniele Guimarães, Francisco Simões e Rodrigo Ribeiro, ficamos com uma sensação de que parecia que não ia ser AQUELE encontro. Pois havia só mais um outro grupo de umas 4 pessoas no local. E eu pensei que o encontro seria no auditório do IMAM (aliás, o mesmo local em que eu fiz a prova da CBTS). Mas não, o encontro ia ser numa salinha ao lado, com espaço para umas 20 pessoas.

Primeira parte do encontro

José Correia, diretor regional da ALATS São Paulo, iniciou falando um pouco sobre o objetivo desses encontros, que é proporcionar uma forma de contato entre as “ilhas” de testadores de software, pois atualmente há muitos testadores “isolados”. O encontro mensal pode ser uma maneira de aproximar esses profissionais para troca de informações e experiências. E ainda citou que os participantes dos encontros também podem participar do encontro como palestrante(!).

Logo em seguida, todos os participantes se apresentaram, e foi um dos momentos mais legais do evento.

“Para tudo!”…”O senhor Fabrício é um fanfarrão!”…”Dizer que um dos momentos mais legais do evento foi a apresentação das pessoas, é brincadeira…nem quero saber como foi o restante do encontro!”

Que isso, vou explicar melhor porque achei esse momento legal: ao todo tinham umas 14 pessoas e o José Correia pediu para cada um  apresentar-se de forma breve, porém alguns se empolgaram e comentaram um pouco sobre a experiência deles na área (o que foi muito válido). Daí parecia uma “terapia em grupo” (leia-se TA – Testadores Anônimos), onde um falava sobre determinada situação e  o outro falava que já passou por isso, etc.

Acredito que esses momentos são bem legais, pois sinto que muitas vezes estamos muito bitolados com os estudos e o trabalho, e muitos de nós não tem essa oportunidade de falar sobre o trabalho com pessoas da mesma área (eu mesmo tenho poucos amigos que trabalham com Teste de Software, tirando os amigos do trabalho).

E também estamos em uma era onde lemos muito e discutimos pouco, aliás, esse é um motivo pelo qual esquecemos muitas das coisas que lemos e estudamos.

Agora sobre a primeira parte da palestra, cujo tema era: O ano de lançamento do livro “The Art of Software Testing”, por Glenford Myers. O José Correia abordou com bastante propriedade o assunto, comentando sobre os capítulos dessa obra que é considerada a bíblia do Teste de Software, sempre fazendo comparações com a época de Myers, década de 70, e os anos atuais.

Segunda parte do encontro

Após um belo Coffee Break, José Correia continuou a sua apresentação, comentando sobre os capítulos do livro de Myers.E ainda falou sobre o futuro do Teste de Software, tendo como base as 10 tendências de TI (citou as de 2008, que ainda são válidas).

O mais legal da apresentação do José Correia foi a maneira (bem otimista) que ele ilustrava o Teste de Software e a sua importância, ressaltando os comentários presentes no livro de Myers, como o futuro da nossa área. Particularmente, também tenho bastante otimismo 🙂

A conclusão que chegamos ao final da apresentação é que muitos dos conceitos que Myers falava em 1979, ainda são válidos para os dias atuais. Tanto que os livros e certificações de Teste de Software sempre têm como referência o livro “The Art of Software Testing”. E Teste de Software é uma área que está crescendo e irá crescer ainda muito, pois cada vez será mais necessário testar software.

Quem quiser fazer o download da apresentação, ela está sendo disponibilizada no site da Iterasys, link abaixo:

http://www.iterasys.com.br/downloads/ALATS-SP-Encontro-Mensal-001.pdf

Considerações finais

Com certeza o primeiro encontro da ALATS foi um sucesso! Pudemos compartilhar experiências, conhecer novas pessoas da área e ainda ter uma excelente palestra com o José Correia.

Agora é torcer para que esses encontros aconteçam mensalmente. E para que isso ocorra precisamos comparecer. Pessoal, participem e divulguem o encontro. Quem sabe a próxima já não pode ser no auditório do IMAM e com ele lotado!

Parabéns a ALATS pela iniciativa e a todos os participantes do primeiro encontro, espero que esse seja o primeiro de muitos!!!

Notícias quentes

Além da excelente apresentação e encontro, os participantes ficaram sabendo sobre:

  • O BRATESTE 2010 já tem data definida para acontecer! 23, 24 e 25 de março de 2010. Agora serão três dias de evento O/. E ele será realizado em São Paulo. (aliás, essa informação já está na página principal do site da ALATS);
  • Será feito em 2010 um evento em comemoração aos 31 anos do Teste de Software, no dia 20 de fevereiro;
  • O próximo encontro já tem data marcada. Será no dia 13 de maio de 2009, das 18:30 às 22:30 e será sobre Estimativas. O palestrante ainda é segredo, mas parece que é alguém da ALATS.

Bem pessoal é isso!

P.S.: O José Correia é o senhor das analogias (quase todas excelentes!!!…as não excelentes foram boas….eu particularmente gosto muito de analogias) .


Conclusão BRATESTE 2009

março 15, 2009

Se você me pedir para resumir o BRATESTE em uma palavra, eu diria: SENSACIONAL!!!

Motivos não faltam para chegar nessa conclusão, tanto em termos de organização quanto da qualidade do evento. Listo abaixo, alguns desses motivos:

  • Bem organizado: local, estrutura, equipes, stands, grade de palestra e divulgação;
  • Palestrantes de alto nível;
  • Objetivo de unir a comunidade de testadores do Brasil;
  • Apresentação de novidades, como o MPT (Melhoria de Processo de Teste de Software);
  • A participação de profissionais de vários estados do Brasil;
  • Foco nas tendências de mercado.

Logicamente, que todo evento tem alguns pontos fracos, e aqui vão alguns que notei:

  • Atraso de algumas palestras, principalmente no primeiro dia, cuja abertura teve início com 40 minutos de atraso;
  • Demora na distribuição das credencias, o que acabou influenciando o atraso da abertura;
  • Falhas em alguns links de apresentações, que não estavam corretos, sendo que um deles, fez com que a palestra do Marco Bassi, do grupo HDI, fosse trocada pela do pessoal da Borland;
  • Por que não fazer o almoço no local? Principalmente, pelo fato de ser difícil de controlar o horário de 1 hora de almoço, sendo ele fora do local do evento,  que geralmente era insuficiente e muitas pessoas se atrasavam para as palestras que ocorriam depois do almoço.

Como puderam perceber foram pequenas falhas que ocorreram, nada que comprometesse a qualidade final do evento.

Tendências

De acordo com os temas das palestras, ficaram claras algumas tendências, como:

  • O uso de metodologias ágeis e os benefícios e desafios na aplicação do Teste de Software;
  • O outsourcing de Teste de Software, principalmente como offshore;
  • A automação do Teste de Software e a preocupação com uma boa automação;
  • O conceito de fábrica de teste, que, aliás, é uma realidade há um bom tempo no Brasil, prova disso é a empresa T&M Testes de Software, que há mais de 25 anos fornece serviços in-house/out-house in-shore/off-shore de Teste de Software.

Considerações Finais

Com certeza valeu muito apena ter sacrificado dois dias de trabalho, para participar do BRATESTE. Ter a certeza que você não é o único que passa por dificuldades na prática do Teste de Software; o fato de haver pessoas no mundo todo, preocupadas com o Teste de Software. E ainda a oportunidade de está a par das novidades e tendências da nossa área.

Para encerrar, parabéns para ALATS pela organização do evento, e pela preocupação em disseminar conhecimento e buscar a melhoria da nossa área no Brasil. E mais uma vez, obrigado a Voice Technology, por me permitir e incentivar à participar do BRATESTE.

E como disse o Emerson Rios: “TESTADORES DO BRASIL UNI-VOS!”

Quem quiser fazer o download das apresentações do BRATESTE 2009, segue abaixo o link:

http://www.mediafire.com/file/4ol4yz5nmin/Palestras – BRATESTE 2009.zip (22.34 MB)

Cobertura BRATESTE 2009 (2º Dia)

março 14, 2009

O segundo dia do BRATESTE teve 7 palestras, duas a menos do que o primeiro dia. Mas nem por isso deixou a desejar, pelo contrário, foi mais um dia para conhecer  e aprender mais sobre Teste e Qualidade de Software.

Vamos então começar a cobertura do segundo dia do BRATESTE 2009. Boa leitura!

Test Outsourcing – Martin Pol – Polteq International Testing Services/Holanda

Começamos mais um dia com a presença de Martin Pol no palco. Dessa vez para falar sobre a terceirização de teste (famoso Test Outsourcing).

O primeiro e último slides da apresentação de Martin, tinham as fotos de Romário, Ronaldo e Alex (Chelsea). Muitos podem está se perguntando: Mas que por que diacho esse gringo colocou a fotos desses três?

O motivo é simples, os jogadores de futebol são uns dos melhores exemplos do bom funcionamento e benefício da terceirização. Se você ainda não está satisfeito com essa analogia, e ainda se pergunta: Por que terceirizar o Teste de Software?

Martin Pol poderia fazer uma lista com 40 motivos, mas sabendo que ele não seria o único palestrante do dia, citou apenas os principais, que são eles:

  • Usar a capacidade de outras pessoas;
  • Equipe independente;
  • Foco no core do negócio;
  • Redução de tempo perdido;
  • Falta de recursos;
  • Transferir funções de negócios para um parceiro externo.

Ops… quase esqueci de um, a REDUÇÃO DE CUSTO (calma não estou gritando, apenas enfatizando esse motivo que acredito que nenhum gerente deve ligar).

Bem, agora você pode está maravilhado com a “descoberta” de Martin Pol, e falando: “Esses gringos são fo#!%* mesmo”. Mas muita calma nessa hora, a terceirização é algo  comum, antigo e natural. Exemplo disso, são alguns pássaros que fazem ninhos para outros pássaros. E ainda temos outros exemplos da construção civil e aviação.

E lógico que quando a terceirização ganha o mundo de TI, logo surgem novos termos e ela é classificada:

  • Off-shoring:
  • Co-sourcing:
  • Business Process Outsourcing:
  • Joint Venture:
  • Right-sourcing:
  • Blended sourcing;
  • Near-shoring;
  • Home shoring.

Bem, para encerrar essa longa cobertura da palestra de Martin, vou deixar alguns conselhos e experiência que Martin Pol disse:

  • Há uma grande dificuldade no idioma, principalmente na Europa, onde mais de 23 idiomas são falados;
  • Gerenciamento e controle, gerenciamento e controle, gerenciamento e controle, gerenciamento e controle, gerenciamento e controle são muito importantes (o Martin repetiu muitas vezes essas duas palavras);
  • Dosar a rigidez e flexibilidade do processo;
  • Tenha uma direção, antes de entrar na terceirização;
  • Defina uma estratégia, selecione um fornecedor, crie o contrato, se preocupe com a transição e administre e monitore a terceirização;
  • O retorno do investimento demora em média 1 ano;
  • Tenha mais de um fornecedor, mas não muitos.
  • Torne-se especialista;
  • Pense sobre o divórcio antes de assinar o contrato.

Como vocês puderam perceber, eu nem gostei dessa palestra, na verdade só achei um pouco longa demais (1h30min). Mas foram 90 minutos muito bem gastos. 🙂

Automação de Testes de Má Qualidade: Como Evitar – Leonardo Molinari  MZP/Brasil

Grande Molinari! Estava ansioso para ver o que ele tinha a falar, afinal ele é um dos grandes nomes da nossa área aqui no Brasil.

Durante a sua apresentação, ele falou sobre os seguintes assuntos: automação não resolve tudo, mas é uma grande ajuda; automação de testes precisa ser aprendida corretamente; automação de teste não substitui uma equipe de testes; nem tudo pode ser testado, mesmo usando automação; nem tudo que pode ser testado precisará de automação.

Bem, minha impressão foi que mesmo com o Leonardo dizendo que não ia “chover no molhado”, acabou chovendo no molhado. Porém, levantou pontos importantes, como:

  • Não podemos falar que uma ferramenta é uma porcaria, sem antes a estudar direito;
  • Sempre é possível melhorar;
  • Ir sempre além da ferramenta;
  • Estudar, estudar e estudar;
  • O testador manual não vai morrer, devido ao seu conhecimento sobre o negócio.

No final da apresentação, Molinari ainda revelou uma surpresa (tcharam!)…seu novo livro sobre Testes de performance, que em breve estará nas melhores livrarias do país (hehe).

Experiência de testes com Alta Automação: A Experiência da Falabella Chile – Jorge Maturana Palma (Falabella)/ Chile

Nessa palestra, Jorge Maturama falou sobre o caso de sucesso da Alta Automação, implantada pelo grupo HDI (o do Marco Bassi). Mostrando um pouco das suas expectativas com o Teste de Software, o uso da ISO-IEC 926 e ainda a importância dos usuários estarem felizes com o produto entregue.

O interessante da palestra foi o fato de uma empresa brasileira, ter ganhado a licitação do projeto, concorrendo com grandes empresas multinacionais como IBM e Accenture. E com uma solução inovadora que é a plataforma de Alta Automação do grupo HDI (que foi apresentada no primeiro dia).

Casos de testes: como, por que y para que – Marcelo de los Santos/Uruguai

O Marcelo é o diretor da diretoria da ALATS no Uruguai, a primeira diretoria fora do Brasil. E apresentou a sua experiência com Teste de Software, focando no uso dos casos de testes, mas também comentando sobre: checklist e uso de máquinas virtuais para a montagem dos ambientes de teste.

Algo interessante que notei, foi o fato, de países diferentes enfrentarem os mesmos problemas. Logo surgi uma necessidade em comum, e alianças e trocas de informações podem e devem ser feitas. O que mostra que a tentativa da ALATS em atingir a América Latina é muito válida.

Benefícios da utilização de Testes Exploratórios em projetos Offshore e Onshore – Aderson Bastos de Souza –  Stakeholder Consultancy Services/Brasil

Duas coisas me impressionaram nesta palestra:

  1. Eu pensava que o Aderson Bastos era da mesma faixa de idade do Emerson Rios e Trayahú Moreira, quando na verdade, ele é bem novo, deve ter uns 30 anos no máximo;
  2. O uso de Testes Exploratórios como uma forma de alcançar o sucesso em projetos de teste.

Uma das melhores palestras do BRATESTE, teve início com a apresentação dos conceitos de Teste Exploratório. E logo em seguida o Aderson mostrou dois casos de sucesso usando Testes Exploratórios, um offshore (para Nova York) e outro onshore (para uma grande empresa).

Na minha opinião, o Aderson Bastos conseguiu tirar leite de pedra em ambos os projetos. Pois nos dois a especificação quase não existia, e o pouco que havia era bem desatualizada e inconsistente. Tornando o processo de teste muito complicado e difícil.

E tais cenários demandavam do uso de Testes Exploratórios, que realizados pela sua competente equipe, conseguiram trazer bons resultados, tendo o foco na cobertura dos requisitos do negócio, que eram o pouco de documentação que existia nos projetos.

E com o decorrer dos projetos o Aderson Bastos conseguiu mudar a visão dos clientes sobre o Teste de Software, e fazer-los ajudar no teste também. Além de conseguir aumentar o esforço de teste de 2% para 10%, o que ainda é pouco, mas já é um bom salto para dois anos de projeto.

O mais interessante da palestra, foi a superação do grande desafio que a empresa do Aderson teve, um desafio que muitas empresas indianas tiveram medo de enfrentar. O que mostra que nós brasileiros podemos oferecer Teste de Software melhor do que outros países, principalmente, quando é necessário criatividade para superar os desafios.

Behaviour-Driven Development: A nova Era do Test-Driven Development e Acceptance Test-Driven Development. Com exemplos em Concordion e JBehave 2 –  José Paulo Levandovski Papo  – BRQ IT Services/Brasil

O que falar de uma palestra, que antes do seu início, você já tem a certeza de que vai ser muito boa. Afinal, no palco está José Paulo Levandovski Papo, o famoso José Papo.

A palestra foi uma verdadeira aula sobre: Test-Driven Development (TDD); Behavior-Driven Development (BDD); e o Acceptance Test-Driven Development (ATDD). Apresentando os conceitos, benefícios e dificuldades de cada prática. E ainda mostrou alguns exemplos, usando ferramentas como o Concordion.

Os pontos mais importantes levantados pelo Papo, foram:

  • Os testes unitários são feitos pelos desenvolvedores e são de grande valor na prevenção dos defeitos;
  • É possível fazer o teste de aceite antes do sistema está totalmente pronto;
  • É muito importante envolver os stakeholders;
  • Com o BDD, qualquer pessoa pode entender o teste;
  • Com o uso do ATDD, cria-se uma especificação executável.

E como toda boa aula, o professor nos deixou, de maneira indireta, uma lição de casa. Estudar melhor tais práticas e tentar colocá-las nas nossas empresas, ou pelo menos, mostrar ao desenvolvedores que tais práticas existem.

Aumentando a produtividade em testes de sistemas usando Six Sigma – Caso Real – Fátima Mattos  EDS/ Brasil

A palestra da Fátima mostrou como que a sua equipe fez para tentar aumentar a produtividade da fase de teste em 20%, utilizando para isso o Six Sigma, que é uma metodologia estruturada com foco na melhoria contínua.

A sua equipe enfrentava um grande problema de não encontrar o testware, por ele não está armazenado de uma maneira fácil a ser consultado.

Para superar esse problema ela usou o DMAIC, que defini 5 passos para a melhoria contínua: Definir->Medir->Analisar->Melhorar->Controlar.

Após todo o esforço realizado pela equipe, eles obtiveram um ganho de 93% na produtividade. E a solução adotada foi a criação de um repositório de conhecimento, o que aumentou em 127% o uso do testware.

Após a palestra da Fátima Mattos, houve o show de encerramento, com direito a samba e o pessoal da ALATS sambando no palco (esse é o Brasil!, tudo no final acaba em samba, faltou apenas uma pizza).

Bem pessoal, aqui encerro a cobertura do BRATESTE 2009, espero que vocês tenham gostado.

Mas esse não é o fim, ainda irei fazer um post com a minha conclusão sobre o evento. E já posso adiantar que elas foram excelentes! 🙂

Quem quiser fazer o download das apresentações do BRATESTE 2009, segue abaixo o link:

http://www.mediafire.com/file/4ol4yz5nmin/Palestras – BRATESTE 2009.zip (22.34 MB)

Cobertura BRATESTE 2009 (1º Dia)

março 13, 2009

Caros leitores,

Começa aqui a cobertura de um dos maiores eventos de Teste e Qualidade de Software do Brasil, senão o maior, o BRATESTE 2009. Boa leitura!

Abertura – Emerson Rios ALATS Brasil

O Presidente da ALATS fez a abertura do evento apresentando um pouco sobre a Associação Latino-Americana de Teste de Software (ALATS) e sobre os dois projetos que ela tem: a Certificação Brasileira de Teste de Software (CBTS) e a Melhoria de Processo de Teste de Software (MPT). O primeiro com o foco na qualificação profissional e que hoje já conta com 202 certificados ( já contando os dois novos certificados de hoje, mais detalhes daqui a pouco). Já o segundo projeto foca a melhoria do processo de teste, pois como o próprio Emerson Rios disse, não adianta temos excelentes profissionais, se o nosso processo e ineficaz.

Emerson Rios ainda enfatizou a importância da comunidade de teste no Brasil, e que ela seja colaborativa. E ainda fez a platéia levantar para falar em uníssono, uma frase que ele parafraseou de Karl Marx: “Testadores do Brasil uni-vos!”

The evolution of Testing – Martin Pol – Polteq International Testing Services / Holanda

Se eu for colocar todas as minhas anotações sobre essa palestra, precisarei de vários posts (quase acabei um bloco de notas). A palestra foi sensacional! Ao seu término já valeu a pena ter participado do BRATESTE 2009, só por essa palestra. Por que eu digo isso?

  • Pelo palestrante, ser uma das maiores autoridades em Teste e Qualidade de Software no mundo;
  • Por ter provado ser digno de tal grandeza;
  • Por ter falado sobre o Teste  de Software, do seu início até os dias atuais, em 50 minutos;
  • Por ter comentado sobre assuntos que já cansamos de ouvir, mas que ouvindo um “gringo” falar parece ter mais importância;
  • E por fim, pelo Martin Pol de sido certificado CBTS, devido aos seus conhecimentos e atitudes em promover o Teste de Software no mundo todo. Martin Pol o certificado CBTS de número 201.

Using offshore partners for software factory approach – Luc Vandergoten – BTR Services/Bélgica

Luc começou a sua apresentação falando um pouco sobre a sua empresa na Bélgica, que já está há mais de 10 anos no mercado. Luc tinha duas grandes necessidades: a de mão de obra especializada, que falta na Bélgica, e de trabalhar de uma maneira internacional. E para tentar sanar as suas necessidades a sua  empresa começou a prática o Offshore, terceirizando o desenvolvimento de software para a Índia e a QA (Quality Assurance) para o Brasil.

Três fatos que o Luc Vandergoten disse na sua apresentação, me chamaram a atenção:

  • Os problemas com a Índia:
    • Cultura
      • Sempre dizer “Sim”;
      • Não aceitar falhas, sentir-se ofendido ao receber o reporte das falhas.
    • Educação
      • Foca os estudos em tecnologias velhas (ex.: Mainframe, COBOL, etc);
      • Sem inovação
    • Qualidade
      • Sem teste
  • O uso de metodologias ágeis, mas especificamente o uso do Scrum. Mesmo com o grande problema da localização diferente das equipes. Tendo que realizar a daily meeting via Skype;
  • O desafio de gerenciar um projeto que está sendo desenvolvidos em três países diferentes (Bélgica, Brasil e Índia).

Luc concluiu a sua apresentação dizendo que Offshore não é fácil, mas em contrapartida, traz boas reduções de custo. E ainda disse que soluções globais são melhores construídas globalmente.

Un Modelo para la Externalización de Pruebas SW (Um modelo para a externalização de Teste de Software) – Mamdouh El Cuera (MTP)/Espanha

O palestrante, Mamdouh El Cuera, mostrou como funciona o Teste de Software na sua empresa, focando em tratá-lo como um serviço. Para ter idéia, ele aplica conceitos de ITIL no processo de teste, e até faz uso de KPIs. Ele ainda disse que os projetos de testes fracassam, devido aos clientes pensarem que terão resultados imediatos, quando na verdade, os resultados do Teste de Software ocorrem a médio e longo prazo.

Mamdouh ainda destacou a existência de um planejamento consistente e de uma equipe de teste, formada por especialistas.

O interessante da palestra foi o tratamento do Teste de Software como serviço.

Prevenção de Defeitos – Arndt Von Staa – PUC-Rio/Brasil

A quarta palestra do dia foi a segunda melhor (na minha opinião, só perdendo para a do Martin Pol). O professor Arndt Von Staa, que está na área de computação há mais de 47 anos ( ele escreveu o seu primeiro programa em setembro de 1962), abordou com propriedade a importância da prevenção de defeitos.

Ele iniciou explicando um pouco sobre algumas terminologias (engano, defeito, erro, falha, etc). Enfatizou a importância do software ser fidedigno. Argumentou sobre as crenças existentes em TI, dizendo que não se pode esperar que os sistemas não possuam defeitos, e que mesmo em sistemas perfeitos pode haver falhas.

No final da apresentação Arndt comentou que podemos obter bons resultados com o uso de técnicas formais leves, revisões e inspeções.

Após o encerramento da palestra, Arndt Von Staa recebeu o certificado CBTS, por toda a sua bagagem acadêmica e pelos 47 anos de TI. E se tornou o 202º certificado CBTS do Brasil.

Fábrica de Teste Futuro ou realidade – Ricardo Cristalli – iTeste/Quality/Brasil

Logo de início o Ricardo Cristalli provocou a platéia, perguntando se o Teste de Software pode ser encarado como um projeto, e a grande maioria dos participantes (incluindo esse que vós fala) levantou a mão. Na sequência explicou um pouco sobre o teste ser tratado como projeto, citando o PMI.

Dentre os tópicos abordados pelo Ricardo, destaco: a otimização de recursos internos; importância da automação e da reusabilidade; a necessidade de saber onde procurar os defeitos; conhecer os atributos do software; testar não é uma atividade simples;  o processo deve representar o dia-a-dia; uso de ferramentas, somente se forem adequadas ao projeto; virtualização de ambiente de teste; sem especificação não podemos ter um bom teste.

Para fechar a apresentação, o Ricardo mostrou algumas notícias que mostram que fábricas de teste são uma realidade no Brasil, dentre as principais estão: CPM Braxis, T&M Testes e RSI.

Usando Rede Bayesiana e Critério de Adequação para Obter uma Melhor Cobertura de Teste de Requisitos – Gustavo Quezada/Brasil

Essa foi a apresentação mais técnica do dia. O Gustavo Quezada apresentou o conceitos sobre rede Bayesiana, uma rede que modela a implementação do software permitindo simular diferentes cenários. E também a importância de definir os critérios de adequação.

O uso de rede Bayesiana, geralmente, é feito em grandes projetos para garantir a cobertura de teste dos requisitos. Sendo muito útil para reduzir a falha ou ambiguidade dos requisitos, além de diminuir o retrabalho. E a rede Bayesiana ainda pode servir como um complemento as documentações do software.

MPT Melhoria de Processo de Teste de Software – Emerson Rios – ALATS/Brasil

Emerson Rios retorna ao palco, agora para dá mais detalhes sobre a MPT – Melhoria de Processo de Teste de Software. Cujo motivo do seu surgimento, foi a inexistência de uma entidade para aplicar um modelo de melhoria do processo de teste no Brasil, já que o TMM não é avaliado aqui. Além do intuito de fazer um modelo brasileiro, que seja de baixo custo, comparado ao MPS.BR e CMMI.

A MPT tem 8 níveis (de 1 até 8), que representam o grau de maturidade do processo de Teste de Software. No momento os dois primeiros níveis já estão definidos, e podem ser consultados no arquivo disponibilizado pela ALATS. E o terceiro já está em fase final e deverá está pronto em julho, que é a data prevista para a formação de avaliadores MPT.

O Emerson Rios ainda disse, que a MPT poderá ser aplicada a qualquer equipe de teste, independente do seu tamanho.

No final da apresentação o Emerson Rios ainda simulou uma entrevista da MPT nível 1 com uma participante do evento.

Central ou Fábrica de Testes – Uma abordagem para testes independentes – Adriano Romero e Ana Aquino – Borland/Brasil

Palestra de cunho mais comercial, onde os palestrantes Adriano Romero e Ana Aquino mostraram as várias ferramentas para cada área do Teste de Software, que a Borland oferece. Sendo elas:

  • Caliber Defineit – para definir os requisitos e criar as storyboard;
  • Caliber RM – realizar a matriz de rastreabilidade e estimativa;
  • Silk Central – gestão dos documentos de testes, apresentação de informações em gráficos e relatórios e rastreabilidade da falha;
  • Silk Test – gravação e execução dos testes;
  • Silk Performer – cria e executa os testes de performance e também monitora o sistema.

A Ana Aquino ainda explicou o bom e velho Modelo-V, encaixando as ferramentas da Borland de acordo com a atividade de teste.

Comparativo entre Testes Manuais, Automação e Alta-Automação: 40 projetos reais, em 8 países usando Compuware, Rational, Borland e Mercury – Marco César Bassi – CEO-Grupo HDI

Se uma pessoa chegasse para você hoje, e dissesse que ela tem uma ferramenta que cria, executa e retornar os resultados dos testes de forma automática, usando Inteligência Artificial (IA), e se você precisar simular a interação do usuário via teclado, ela tem um robozinho que faz isso. O que você acharia dessa pessoa?

  1. Um doido varrido;
  2. Um charlatão dos piores;
  3. Boa piada essa!
  4. Você sonhou com isso?
  5. Aham… e Papai Noel existe também.

Resposta correta, nenhuma das alternativas. É tudo verdade, pelo menos é o que garante o CEO do Grupo HDI, Marco César Bassi. Cuja apresentação foi muito boa, simples e direta. E o melhor de tudo, com fatos que comprovam a eficácia da sua plataforma de Alta-Automação.

A solução do Grupo HDI é vendida como serviço, eles não vendem a ferramenta. E já foi aplicada em mais de 40 projetos, em 8 países. E dentre os interessantes dados coletados, estão:

  • 89% das falhas são validações de campos e formatos (falhas bobas);
  • 100% dos sistemas tinham falhas de segurança;
  • Os países que mais erram são EUA e Índia (os americanos apenas fazem normas para os outros ler, eles mesmos não lêem);
  • O país que menos erra é a Irlanda (segundo o Marco, não foi encontrado nenhuma falha no sistema deles);
  • O Brasil é o 4º melhor país em desenvolvimento (no total são 8 países avaliados);
  • 48% de falhas em requisitos.

A palestra do Marco, fechou o primeiro dia da BRATESTE com chave de ouro, despertou muita curiosidade em saber como tudo isso funciona (tentarei buscar mais informações amanhã).

Bem, aqui encerro a cobertura do primeiro dia, espero que vocês tenham gostado. Amanhã tem mais!

Quem quiser fazer o download das apresentações do BRATESTE 2009, segue abaixo o link:

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Testes Automatizados

fevereiro 16, 2009

Na semana passada eu e o Daniel Sakuma, participamos de um curso de verão na USP: “Desenvolvimento de Software de Qualidade através de Testes Automatizados”. O curso teve duração de 5 dias e foi ministrado pelo pessoal da Agilcoop.

Para o post não ficar imenso, vou colocar uma síntese da cada dia, e no final uma conclusão. Espero que gostem.

1º Dia
Na primeira parte do dia o Fábio Kon fez uma apresentação sobre o curso e uma explicação introdutória sobre testes automatizados, enfatizando o quanto é importante os testes e principalmente os testes automatizados. Já na segunda parte, o palestrante Paulo Cheque fez uma apresentação sobre conceitos de testes, mostrando os vários tipos, níveis e termos de testes.

2º Dia
No segundo dia houve duas palestras uma sobre teste de unidade, na qual houve a apresentação na prática, usando a linguagem Scala e estando com o Junit. E a segunda foi sobre Padrões em Testes Automatizados, onde foram apresentados bons e mals padrões, tendo como referência o livro “xUnit Test Patterns, Refactoring Test Code“. Ambas as palestras foram ministradas pelo Paulo Cheque.

3º Dia
A primeira palestra do terceiro dia foi ministrada pela Mariana Bravo, sobre Objetos Dublês. Ela fez a sua palestra usando exemplos práticos em Java, cada um dos tipos de objetos dublês que podemos usar. E a segunda palestra foi sobre Testes de Interface de Usuário, onde foram apresentadas ferramentas para fazer testes automatizados na interface, utilizando o Selenium, FEST e WebDriver, essa palestra foi ministrada pelo Paulo Cheque.

4º Dia

Neste dia houve três palestras: a primeira sobre Testes com Banco de Dados, apresentada pelo Helves Domingues, que abordou as dificuldades e estratégias para testar banco de dados; a segunda sobre Testes de Aceitação ministra pelo Hugo Corbucci, que mostrou o que são ferramentas para testes de aceitação; e a última foi sobre Técnicas de Escrita de Testes Automatizados, ministrada pelo Paulo Cheque, que abordou refatoração, TAD, TFD/POUT, TDD, BDD, Padrões e Anti­padrões.

5º Dia
No último dia tivemos uma palestra muito legal sobre TDD (Test-Driven Development), onde o Fabrício Souza apresentou na prática como fazer testes antes do desenvolvimento, com exemplos em Ruby, uma linguagem que parece ser bem bacana. E a última foi sobre Métricas para Testes Automatizados, ministrada pelo Paulo Cheque, que mostrou algumas ferramentas e maneiras para medimos os testes automatizados.

Conclusão

Sempre quis aprender mais sobre Testes automatizados, confesso que mesmo após o curso, se você me pedir para fazer um teste no Junit agora, não saberei fazer de primeira. Mas acredito que mais importante do que decorar sintaxes ou ser “evangelizado” e sair falando que testes automatizados é a salvação e que teste manual é uma m#!$*, é entender a real importância e papel dos testes automatizados dentro do desenvolvimento de software.

É considerável a eficiência que os testes automatizados pode trazer para o código, com ele programar certo na primeira, se torna algo frequente e não raro. O código se torna mais limpo, e se precisarmos corrigir algo, ou implementar uma nova funcionalidade, não ficaremos inseguros, com medo de estragar algo, pois poderemos executar todos os testes automatizados, que irão cobrir todos os cenários e nos darão confiança de que nada irá quebrar.

Mas antes de partir para a automatização dos testes, necessitamos analisar se ela realmente é viável, e se a equipe e o nosso processo estão maduros para suportar essa mudança. Pois os resultados da implantação de testes automatizados só aparecem a médio e longo prazo, e é preciso esforço e boa vontade de todos para dá certo.

Para encerrar o post, um muito obrigado ao André Pantalião, por ter nos incentivado a participar do curso, e parabéns ao pessoal da Agilcoop pela iniciativa e qualidade do curso, que foi uns dos primeiros, senão até o primeiro sobre o tema, a ser realizado no Brasil.

Quem ficou interessado no assunto, visite o site da Agilcoop, lá se encontram os slides utilizados no curso, além de um ótimo material sobre metodologia ágil em geral.

Principais Aspectos do Seminário Catarinense de Teste de Software

setembro 24, 2008

Ocorreu em 19 de setembro de 2008 em Florianópolis o 1º Seminário Catarinense de Qualidade e Teste Software. O evento foi uma iniciativa privada em parceria com Senai SC. Conduzido por Erika Tatiana Hmeljevsk, diretora regional da Associação Latino – Americana de teste de software (ALATS) de Santa Catarina, reuniu profissionais da área de teste de software da região sul do país. Houve nove palestras, na média, todas com conteúdos relevantes e pertinentes.

Resumi as palestras que mais me chamaram atenção.

A palestra “Projeto de software com testes unitários”, apresentada por Lucas, que é desenvolvedor, mostrou e exemplificou o uso de TDD (Test-Driven Development) em projetos. O desenvolvimento orientado a teste consiste basicamente em adicionar o teste que inicialmente falhará, codificar e depois refatorar o código se necessário. Nas palavras do palestrante: “Durante os primeiros dias de cada iteração, nós discutimos as stories com o cliente. Nós utilizamos toda a informação capturada através das iterações com os clientes para escrever high-level test cases para cada story. Quando o desenvolvedor inicia a codificação de uma story, ele estuda os test cases para garantir que as funcionalidades básicas foram entendidas. Assim que a codificação inicia, é escrito um teste executável simples para a story. O programador escreve código para fazer o teste passar e então mais testes unitários podem ser adicionados para adequar a cobertura.” [1]

A palestra “Automação de Testes: Mitos e Verdades” ministrada por Elias, enfatizou que é necessário estudar a ferramenta, que é recomendável priorizar a automatização escolhendo, por exemplo, testes de funcionalidades críticas, repetitivos e de regressão. O custo inicial da automatização é alto, trata-se de investimento de longo prazo, sendo o engenheiro de teste aquele que realiza a automatização codificando os testes e sendo capacitado para optar pela melhor ferramenta. As ferramentas de automatização de testes são muito caras variando, no exemplo citado na palestra, de 2 a 10 mil dólares por uma licença, de um usuário, de um módulo. Existem ferramentas opensource como: JMETER, OpenSTA, Webload, entre outras. Outro aspecto ressaltado foi que o teste automatizado nunca vai substituir o manual, a ferramenta executa de forma linear os casos de teste, diferentemente da execução humana que ao se deparar com algum bug consegue fazer testes exploratórios saindo do roteiro inicial visando encontrar outras falhas. Em contrapartida, a ferramenta executa os testes rapidamente, sem se cansar e sem variações de humor. [2]

A palestra “Processo de Teste tratado como Projeto” por Moreira, foi fundamentada no PMBOK. Apresentou o processo de teste enquanto planejar, projetar, executar, analisar resultados e gerenciar erros. Tudo se passa como se fossem três projetos: o desenvolvimento do software, o de testes e o que o cliente percebe. Enfatizou o projeto de testes. Comentou sobre os papéis dentro da equipe do projeto de testes: testador, analista de teste, arquiteto de teste, líder do projeto que seria equivalente ao gerente do projeto, mas hierarquicamente abaixo do gerente do projeto. Ele evidenciou que o papel da equipe de teste é: “fazer parte da equipe de projeto de desenvolvimento de software, dentro de uma estrutura matricial, devendo estar envolvida desde o inicio do projeto até o seu término.” [3]

Na palestra “A qualidade aplicada no processo de testes: Da análise dos requisitos até a geração dos casos de testes” apresentada por Marcello, são propostos processos de revisão e análise de ambigüidade aplicados aos requisitos e aos casos de teste para melhorar a qualidade. Há três processos de revisão: informal, por pares e formal. O processo formal possui sete etapas: planejamento, abertura, preparação, reunião de revisão, correções, atualização, repetição da revisão (opcional). Nesse processo há papéis e responsabilidades como: coordenador, moderador, autor, apontador e revisores. O palestrante mostrou pontos importantes a respeito da equipe de testes no contexto do projeto “é importante que a equipe de testes inicie no projeto o mais cedo possível, os testes não comecem só quando o sistema estiver pronto, as revisões em cada etapa do processo reduzem a propagação das falhas para a etapa seguinte” [4]. Exemplificou também boas práticas de redação de casos de teste tais como não engessar dados, ter cuidado com informações excedentes ou limitantes. A análise de ambigüidade nos requisitos e a verificação de consistência, também foram recomendações importantes.

A palestra “Agilidade e Qualidade: Lados da mesma moeda” conduzida por Adail abordou o ciclo PDCA: Plan, Do, Check, Act. Depois apresentou uma visão de Qualidade na qual expectativa do cliente, resultado e especificação são vetores com direção e sentido, e a falta de alinhamento entre esses vetores caracteriza um problema. O palestrante considera a tentativa de excesso de controle de prazo, escopo e custo – a tríplice restrição do gerenciamento de projetos – como causadora dos problemas em projetos de desenvolvimento de software: inflexibilidade, má qualidade, falta de visibilidade, atrasos e falta de confiabilidade. Estimativas devem sempre ter dois números, determinando uma faixa, ou um número e uma porcentagem, não devendo ser considerada como compromisso; mudanças acontecem e nem sempre devem ser evitadas. Com base nesses argumentos, apresentou as metodologias ágeis e suas principais práticas: ciclos curtos ou fluxo contínuo, testes unitários, integração e testes contínuos, refatoração, colaboração entre desenvolvedores, programação em pares, revisão por pares e inspeções, cliente mais próximo, lições aprendidas. [5]

Não houve muita ênfase comercial nas palestras e de uma forma geral o evento cumpriu seu propósito congregando profissionais da área de teste de software, que puderam compartilhar experiências, trazendo conhecimento e luz sobre alguns assuntos já conhecidos.

Aqui podem ser verificados os comentários de um dos palestrantes e estão disponíveis as apresentações para download.

Referências Bibliográficas:

[1] Lucas Nazário dos Santos Projeto de software com testes unitários

[2] Elias Nogueira Automação de Testes: Mitos e Verdades

[3] Trayahú Moreira Processo de Teste tratado como Projeto

[4] Marcello Lima  A qualidade aplicada no processo de testes: Da análise dos requisitos até a geração dos casos de testes

[5] Adail Retamal  Agilidade e Qualidade: Lados da mesma moeda

Defeito, erro e falha. É tudo igual?

setembro 2, 2008

Muitas pessoas pensam que defeito, erro e falha são sinônimos. Porém, na área de Qualidade de Software, cada uma dessas palavras possui uma definição:

Defeito: resultado de um erro encontrado num código ou num documento;

Erro: engano cometido por seres humanos;

Falha: resultado ou manifestação de um ou mais defeitos.

Exemplo: A aplicação entra em looping infinito, devido a um erro de lógica, ocasionando o travamento da mesma.

No exemplo acima citado, o defeito é o looping infinito, que foi causado devido a um erro de lógica do programador e a falha é o travamento da aplicação.

Como podemos notar, o maior problema é a falha, pois é ela que afeta diretamente o usuário. Além disso, um defeito poderá demorar vários anos para ocasionar uma falha, sendo que ele já estava presente na aplicação, desde a sua instalação.

Fonte:

Bastos, A.; Rios, E.; Cristalli, R. & Moreira, T. Base de conhecimento em teste de software. São Paulo, Martins Fontes, 2007.